sexta-feira, 7 de maio de 2010

[Momento "Crise de Saco Cheio"]

Postado originalmente em 25 de março de 2008




Como diriam alguns (eu incluída nisto): "Grilei". Não, não estou cheia de grilos ao meu redor. Mas fiquei "grilada" e cansei. Cansei "de tanta babaquice, tanta caretica, desta eterna falta do que falar".
Tendo uma "quase, mas não totalmente, completamente diferente de" uma crise adolescente de "o mundo é um porre", estou num daqueles momentos em que, sim, o mundo vira um porre. Um daqueles momentos em que você olha ao redor e vê a tão aclamada "grandeza" das pessoas como mais uma prova da mesquinhez ordinária do mundo. E o pior: tem plena consciência de que a sua "grandeza" é igual à deles.
E isso leva você a "entrar em parafuso", a duvidar de si mesmo e de suas convicções. "Será mesmo que eu estou tão certa assim?". "Será que eu sou assim tão 'grande' mesmo, ou só penso que sou?".
E você sabe, lá no fundo sabe, que não é tão "grande" quanto pensa. Você sabe, lá no fundo sabe, que você é só mais um a pensar ser "grande". Só mais um no mercado dos hipócritas.


"Bem vindos, bem vindos
ao Mercado dos Hipócritas!
"


E o que causou esta mudança? Esta repentina e odiada percepção de que "Tudo é Tudo, e Nada é Nada", e que você certamente não é Tudo? O que foi a força causadora de tal percepção?
Algo tão pequeno, um momento de raiva, uma palavra mal-direcionada, uma intenção inocente mal-recebida, um "cego mascando chiclete".
E no momento de Crise de Saco Cheio, não importa. Nada realmente importa.
Aí vem aquela vontade louca de jogar tudo para o alto - ou no chão - e destruir tudo o que foi construído (já que você chegou à conclusão de que tudo o que foi construído não passa de uma grande hipocrisia sua).
Mas você sabe que estou momento vai passar. Sempre passa. Por isso é chamado de "momento". E ainda bem que passa. Ninguém poderia viver lucidamente sabendo toda a verdade. Ilusões são necessárias. Hipocrisia é necessária.

Ainda assim, resolvi Testar a Não-Existência Construtiva. Pelo tempo necessário - quanto será? -, eu deixo de existir. Só para ver o que acontece. Para ver se alguém repara - com certeza alguém reparará - que estou "na contra-mão, atrapalhando o tráfego".

Amém. 

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