sexta-feira, 7 de maio de 2010

[Uma Breve História do Tempo - parte III]

Postado originalmente em 19 de janeiro de 2007

O início da vida.

Claro que a vida não foi criada assim do modo como a conhecemos hoje. Ela surgiu, inclusive, de formas totalmente diferentes em cada planeta - como as bolinhas sem luz ficaram conhecidas. No plano mais próximo de nós, o planeta que mais tarde seria chamado de Terra, os primeiros sinais de vida foram os oceanos.
Quando as ondas começaram a se agitar no pequeno planetinha azul, as criaturas misteriosas e celestiais que estavam observando-o de perto ficaram excitadas. Que tipo de coisa seria aquela nos oceanos? E quando, proveniente da agitação das águas, surgiu a primeira molécula viva, as criaturas misteriosas e celestiais ficaram maravilhadas. Rapidamente, entretanto, esta molécula se tornou um pequeno ser a nadar nos oceanos.
Por motivos misteriosos, os oceanos se tornaram mais profundos e, conseqüentemente, começaram a ocupar uma área menor, surgindo entre as águas blocos de terra seca. As criaturas misteriosas e celestiais ficaram realmente interessadas quando alguns seres passaram a sair da água e se rastejar em terra seca. E quando esses seres se tornaram cada vez maiores, algumas criaturas misteriosas e celestiais tiveram receio de onde eles iriam parar. Preocupadas com um provável desequilíbrio causado pelo tamanho e ferocidade excessivos desses seres gigantes, as criaturas misteriosas e celestiais olharam aflitas para Deus. Entendendo a preocupação, Ele ordenou que uma pequeniníssima bolinha se chocasse contra a Terra. Segundos depois, os seres gigantes haviam deixado de existir.
Por alguns instantes tudo foi poeira causada pelo cometa - como mais tarde viria a ser chamada a tal bolinha. Nada se via através da espessa nuvem que se formou ao redor da Terra. Quando a poeira abaixou, a atenção das criaturas misteriosas e celestiais foi atraída para certos seres que andavam em duas pernas. Eles não eram como os outros seres habitantes do planetinha azul. Não, estes seres tinham alguma coisa de especial. Andavam em bandos, como a maioria dos seres terrestres, mas possuíam uma organização como jamais haviam visto antes. Por mais que parecesse estranho, aqueles seres pareciam capazes de ter idéias! Eles preparavam estratégias de caça e podiam criar instrumentos com os quais compensavam sua pouca capacidade física. Não tinham dentes nem garras afiadas, e tampouco pareciam ferozes e perigosos, mas criavam ferramentas de caça com uma rapidez impressionante. Eram capazes de gerar fogo e utilizar-se da pelagem de outros seres para aquecer seus pequenos corpos nus. E pareciam... as criaturas misteriosas e celestiais mal puderam acreditar quando perceberam que aqueles seres pareciam ter sentimentos. Eles enterravam seus mortos e choravam a perda, possuíam hierarquias familiares com laços fortíssimos de afeto e, o que era mais espantoso, eles sentiam a existência de Deus.
As criaturas misteriosas e celestiais olharam terrivelmente espantadas para Deus nesse momento, e o que viram foi um Deus igualmente curioso sobre estes seres com sentimentos.
Por perceber a existência de Deus, os seres começaram a se unir em grupos e criar formas de rituais tão complexos como nem mesmo as criaturas misteriosas e celestiais haviam criado. Passaram então a expressar suas idéias através de símbolos e, através destes símbolos, a criar regras de organização.
Durante as horas seguintes, as criaturas misteriosas e celestiais viram abismadas aqueles seres criarem e destruírem tudo em nome do Deus que podiam perceber. E assistiram a todo tipo de evolução e revolução acontecer com aqueles seres. Quando eles começaram a criar máquinas, as criaturas misteriosas e celestiais se assustaram. Com aquelas máquinas, os seres podiam alcançar até mesmo a Lua (e as criaturas misteriosas e celestiais viram isso acontecer de olhos arregalados).
E então o ser humano - como passara a ser chamado - havia definitivamente dominado o mundo.

Continua... 

Por Tatiana 

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