sexta-feira, 7 de maio de 2010

[Uma Breve História do Tempo - parte II]

Postado originalmente em 22 de dezembro de 2006

O início dos problemas.

E então o Tempo foi criado, como eu contei no post anterior. A partir daí, começaram a surgir os problemas. Antes disso, mesmo que os problemas existissem, não fariam diferença alguma. Mas quando começaram a existir o Antes, o Agora e o Depois, os problemas ficaram evidentes como uma girafa no deserto.
O primeiro problema: a falta de Luz. Quer dizer, como as criaturas misteriosas e celestiam que existiam não conheciam a Luz, esta na verdade não fez falta. O que aconteceu foi que de repente a escuridão absoluta começou a incomodar. Deus, então, suspirou - já prevendo o trabalho que viria pela frente - disse a mais famosa frase do mundo: "Que se faça a Luz".
Levou algumas horas até que as criaturas misteriosas e celestiais conseguissem enxergar, afinal, depois de tanto Tempo (?) na escuridão, a Luz quase os cegou. Quando enfim puderam ver, tiveram a maior das surpresas de suas vidas, que os levaria a chegar no segundo problema após o Tempo.
O segundo problema: quando a Luz foi criada, as criaturas misteriosas e celestiais puderam perceber que não havia absolutamente nada para se ver. Claro, podiam ver-se uns aos outros, mas era só. Ao redor era um eterno infinito universal que não acabava mais. Nada de planetas, estrelas e coisas afins; era como se fosse um longo tapete azul esticado tão ao longe que não se podia ver o final. Decepcionadas, as criaturas misteriosas e celestiais começaram até a se perguntar de que lhes serviria a Luz.
Mais uma vez, então, Deus suspirou. Resmungando, Ele criou alguns enfeites para o universo. As criaturas misteriosas e celestiais entraram em êxtase ao ver as recém-criadas estrelas brilhando por todos os lados. Aquelas luzes traziam-lhes uma felicidade que nunca haviam experimentado. Mas aí eles repararam em pequenas bolinhas sem luz entre as estrelas. Com cara de interrogação, as criaturas misteriosas e celestiais olharam para Deus. O terceiro problema começava a dar sinais de existência.
O terceiro problema: a inutilidade das bolinhas sem luz. Este foi um problema que ocupou muito o precioso Tempo de Deus. O que fazer com aquelas bolinhas que haviam surgido por acidente entre as estrelas? Depois de muito pensar, Ele suspirou pela terceira vez e ordenou que as criaturas misteriosas e celestiais observassem as bolinhas sem luz mais de perto.
Quando as criaturas misteriosas e celestiais se aproximaram, Deus deu um sopro e assim criou a Vida.

Continua...

Por Tatiana 

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